Blog da Dulce Melo

Este é um espaço onde Dulce Melo aborda todas as suas críticas ao que enxerga de errado no sistema.

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sábado, 14 de março de 2020

Querem engessar o Ministério Público? Muito estranho.


A quem interessa?

Soube da morte da minha mãe enquanto acompanhava uma assembleia de membros do Ministério Público do Estado de Alagoas, no dia 11 de março, no auditório do prédio-sede da instituição, no bairro do Poço, em Maceió. Indignação estampada nas faces, declarações inflamadas, senhoras e senhores defensores da cidadania, que compram guerra para assegurar os direitos da sociedade, preparando-se para uma guerra em defesa de suas atividades, desempenhadas com dignidade, competência e até risco de morte. Eles querem combater a falta de respeito e a imoralidade arquitetadas na Assembleia Legislativa que, na ‘calada da noite’ decidiu que o povo tem de ficar à mercê dos crimes de improbidade administrativa (praticados por políticos), do crime de sonegação fiscal (praticado por empresários, contadores, em coluio com fiscais de renda) e das organizações criminosas.


Os REPRESENTANTES DO POVO, assim se apresentam os deputados em seus farsantes discursos, DECIDIRAM que prefeitos podem e devem desviar recursos públicos da Educação, Saúde, Segurança, Assistência Social, SIM. ELES TAMBÉM DECIDIRAM QUE o Ministério Público NÃO DEVE COMBATER O CRIME ORGANIZADO e, para tudo isso, QUEREM a extinção do GAECO, que antes era o GECOC. Lembram dele?


Explicarei melhor. Sabem aqueles recursos federais designados para a merenda e transporte escolar, para benfeitorias nas escolas, aqueles para abastecer postos de saúde, hospitais, o dinheiro para promover ações sociais nas comunidades, para investir na segurança pública das cidades com iluminação adequada, promoção de esporte e lazer? Pois bem, os deputados votaram para que os gestores possam PASSAR O RODO neles sem serem investigados, identificados e presos. POR ISSO QUEREM ACABAR COM O GAECO, antigo GECOC.



Os ‘detentores do poder’ determinaram também que, enquanto nós, pobres cidadãos, temos de pagar nossos impostos até no pão que comemos, os donos de estabelecimentos comerciais, os empresários, DEVEM TER passagem livre nos postos fiscais com seus contrabandos em todos os tipos de produtos que nos vendem: alimentos, remédios, eletroeletrônicos, carros entre outros.



É preciso entender a loucura que invadiu a Casa de Tavares Bastos e assassinou a cidadania, sem se preocupar com as consequências na vida das pessoas, principalmente as mais carentes que não vão mais poder contar, caso o surto dos deputados não seja curado, com os promotores DE JUSTIÇA que com suas ações procuram diariamente combater todo tipo de descaramento que culmina em DESRESPEITO á sociedade alagoana.



Entendo agora, mais do que nunca, o grande intelectual dos últimos tempos, José Saramago’, que em seu Ensaio sobre a Cegueira’ diz que: “A pior cegueira é a mental, que faz com que não reconheçamos o que temos pela frente”.

Como mulher, devo enaltecer a deputada, Jó Pereira, que demonstrou equilíbrio, sensatez e compromisso com a verdade e a justiça, sendo a única a votar contrariamente a essa decisão coletiva e entojável. E concluo com a frase da espetacular médica psiquiatra, alagoana, respeitada no mundo, Nise da Silveira, estudiosa e conhecedora de todos os tipos de distúrbios.

“A contaminação psíquica é pior que piolho. Vai passando de uma cabeça para outra, numa rapidez incrível. E, como você sabe, todo mundo já pegou piolho.”

QUE A SOCIEDADE ALAGOANA SE MANIFESTE E COBRE DOS SEUS REPRESENTANTES COMPROMISSO COM A ÉTICA E A MORAL.

Aos membros do Ministério Público, reintero o meu respeito de antes, de agora e que continuará para sempre dentro ou fora da instituição.

Dulce Melo

domingo, 3 de dezembro de 2017

Caso Rodrigo: muito além da eloquência

Tive acesso a alguns textos postados pelo colega comunicador, Ailton Villanova, a respeito do caso capitão Rodrigo Rodrigues. Por ser amiga e também integrar as mobilizações organizadas para chamar a atenção da sociedade, sinto-me no direito de rebater alguns trechos por ele jogados com a mera intenção de DESQUALIFICAR tudo o que está sendo feito com muita autenticidade, amor, em respeito aos pais, à esposa e a DANIEL, filhinho daquele nobre oficial assassinado.

Villanova é muito infeliz conceituando a campanha de: "sórdida". Nojento é ele se referir assim a uma luta incansável por justiça. Se os policiais se uniram dessa forma e, fora da corporaçao, aumentou o engajamento, evidentemente Rodrigo era uma pessoa querida, integra e suas qualidades fazem jus a qualquer esforço.

"Há muita desonestidade da parte daqueles que estão ocupados em acusar". Não, também não. Ninguém aqui é desonesto. Do lado de cá, assumidamente, estão os amigos de Rodrigo, defendendo a condenação máxima para quem, cruelmente, o matou. Da mesma forma que VOCÊ, Ailton Villanova, e com todo direito, defende o acusado por ter grau de parentesco com uma pessoa da sua família, bem próxima, mesmo sem ter revelado em nehuma escrita. Pelo menos foi o que nos disseram.

Se "os juizes e desembargadores estão sofrendo pressão da polícia", pra nós é um fato revelação trazido por você e deve assumir a acusação tão forte e delicada. Supomos que tenha muitas provas. Até porque deixa em situação chata os representantes do Poder Judiciário.

Já em relação aos jurados, sobre a imaginavel pressão que irão receber e a qual lhe preocupa, nao sei da possibilidade de acesso, antecipadamente, de se conhecer o conselho de sentença.

Mas, é que a familia e os amigos de Rodrigo não têm tanta facilidade, quanto o colega de saber , por exemplo " de um integrante do corpo de jurados que irá viajar neste final de semana ( já deve ter viajado, não é?) para fugir das convocaçoes.

Cada um, caro Villanova, defende os seus. Nós, defendemos a honra de Rodrigo, a dor de Klarita que, por força divina, conseguirá ir ao julgamento e falar do assassinato do seu grande amor justamente no dia do seu aniversário.

Quando poderia sair com Rodrigo e Daniel para comer ao menos uma pizza. Caso Rodrigo nao estivesse, nesse dia, escalado para trabalhar e proteger a sociedade.

Concordo em gênero e grau com você, somente num quesito: o promotor José Antônio Malta Marques, de acusação nesse caso, é de um equilibrio e decência enormes. Muito competente também.

Lógico que, como sempre, da mesma forma que todos os promotores de Justiça, respeitará os autos. Por tudo isso mesmo estamos confiantes. Além da sua competência, lá estão as provas necessárias para a condenação do seu amigo.

Temos fé em Deus que, POR DANIEL, a justiça será feita.

Lembrando que a campanha é uma campanha abençoada, de gente que se une pra pagar outdoor, confeccionar camisas, panfletos, gente que dormiu na rua fazendo vigilia e orou muito.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Tirando o chapéu e prestando continência, porque sou policial de alma!





Enfim, agora foi!

Acompanho de perto a idoneidade de dois grandes amigos e sinto um orgulho enorme quando os vejo com a farda da Polícia Militar de Alagoas, ou mesmo sem ela, até porque, de uma forma ou de outra, eles representam com brio a corporação. Os nobres oficiais, agora tenente-coronel Vanderlei e coronel (fechadíssimo) Do Valle.

Dentro do processo, e de toda a caminhada, também tive o desprazer de vê-los injustiçados, por diversas vezes, em “rodízios” desmerecidos e falta de valorização profissional quando, na verdade, poderiam contribuir muito mais se as chances, de forma justa, lhes fossem dadas. Então, hoje, me sinto na obrigação de parabenizá-los, por tudo. Porque são homens que trabalham honestamente e nunca, mesmo debaixo de qualquer injustiça, deixaram de se doar.

De jeitos diferentes, claro. Quem bem conhece os dois sabe perfeitamente da forma mais espontânea, sem papa na língua do amigo Do Valle, também de que como é mais reservado o amigo Vanderlei. Mas, ambos supercompetentes no que fazem.

Ah...e quantos anos se passaram , hein, amigo Vanderlei, para que uma gemada fosse colocada na sua farda. Já não lembro, mas creio que uns 15. E o amigo Do Valle, um dos tenentes-coronéis mais antigos, mas que teve, apesar de não possuir muita, de se agarrar à paciência. E que paciência, né amigo? De espiar várias carruagens passando com pessoas diferentes, enquanto achava que uma delas você estaria.

Mas, ontem a carruagem era deles. Estive lá para abraçar os dois. Outros tantos amigos também foram contemplados, de praça a coronel. Vi sorrisos soltos, de alívio. Alívio de quem passa até 15 anos ou mais para ser primeiro-sargento, ou até mesmo tenente ou capitão.

Pois bem, o texto é enxuto, mas o resumo é: orgulho, vocês merecem. Não foi à toa. Que Deus os ilumine e que logrem mais êxito no que fazem e sempre souberam fazer que é defender, honestamente, a sociedade alagoana.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

"Agosto Lilás": para que as mulheres denunciem monstros.

O Ministério Público do Estado de Alagoas iniciou, nesta terça-feira (1•), a campanha "Agosto Lilás". A iniciativa do procurador geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, é plausível. Há muitas mulheres que ainda se submetem à covardia, à desumanidade, à imbecilidade de medíocres que se intitulam MACHOS.

Sao mulheres que dissimulam o primeiro tapa, as primeiras agressões verbais, as primeiras torturas psicológicas. A violência doméstica tem levado mulheres à loucura e à morte.

Casos repugnantes são relatados, esporadicamente, quando as mulheres poderiam falar mais. Todos são trágicos e deixam consequências físicas ou emocionais. O estupro, por exemplo, vai muito além da dor no corpo na hora da mordaça, da penetração a força - por cavalos no cio.

ELA ABRE UMA FERIDA IMENSA E DOI NA ALMA. PRA SEMPRE.

Por mais que um dia a vítima do estupro consiga administrar a monstruosidade e por mais que consiga falar em casos similares, os anos passam e as imagens ficam. Reaparecem do nada e dói tudo de novo, somente pela lembrança.

SÓ SABE QUEM PASSA. É TRAUMATIZANTE.

Costumeiramente, passeio nas primeiras horas de cada manhã, pelos sites locais. Nesta semana, uma manchete repetida revolucionou o meu emocional. “Menina de 10 anos é abusada sexualmente pelo padrasto, de 38 anos, pelo irmão, de 22, auxiliados pela mãe”. Mãe?

Numa concepção abrandada, após remoer cada informação postada pelos colegas de profissão, posso defini-los como monstros e miseráveis. Mas quero a princípio exprimir o que sinto em relação a esta coisa que se denomina MÃE, capaz de participar dos atos violentos que vitimaram quem carregou no ventre por nove meses.

Ela JAMAIS pode ser vista como MÃE. Dos três é a mais perversa, a mais violenta. Mesmo que, fisicamente, as maiores dores tenham sido causadas peelas dois vira-latas.

Ninguém pode medir essa dor. Por mais que os traumas sejam tratados, por mais que a vítima se encoraje, por mais que consiga com o tempo administrar e conviver. Ela nunca vai desaparecer. As imagens ficam trancafiadas, morrem por alguns momentos, mas ressuscitam inesperadamente. E a dor volta com ela, volta em dobro.

O que esses miseráveis fizeram? Anularam a infância da menina. O que vai acontecer daqui pra frente com ela? Por quem será cuidada? Como vai crescer?

Ainda acho as punições permitidas por nossas leis para esse tipo de crime, leves demais. E não me comovo quando obtenho notícias de certas recepções dentro dos presídios, para esses tipos de “hóspedes”. NÃO MESMO.

Porque não há justiça que seja feita. Por mais que as leis sejam cumpridas. Principalmente para quem é vítima.

Que as mulheres sejam mais fortes e se encoragem. Que as meninas sejam mais protegidas e tenham a sorte de ter mães e pais de verdade. Que elas não esbarrem em monstros.

Que as mulheres gritem, antes que seja tarde.
Que o "Agosto Lilás", continue dentro de cada uma todos os meses, na certeza de que estão protegidas pelas leis e MERECEM AMOR E RESPEITO.


domingo, 25 de junho de 2017

Os devaneios e a (mal) ditadura

A dita...cuja, a dita...dura. Uma postagem da jornalista Niviane Rodrigues, na tarde deste domingo, 25 de junho, em rede social, forçou-me a escrever. Ela e a filha pareciam extasiadas ao se depararem, num dia chuvoso, de época junina, com algumas pessoas em frente ao 59• BIMTzd, do Exército Brasileiro, pedindo o retorno da (mal) dita...dura.

Ponho-me a refletir sobre a ideologia desses adeptos de um regime autoritário, torturador, que durante 21 anos encarcerou e matou inocentes, pelo simples fato de almejarem um Brasil diferente, onde o povo tivesse voz, pudesse fazer escolhas, emitir opinião. Onde jovens tivessem espaço para discordar e o autoritarismo excessivo, impiedoso fosse, de vez, guilhotinado.

Somente alienados buscam vivenciar a triste retrospectiva . Quem em sã consciência quer de volta tempo dolorido de filhos sequestrados, idas sem voltas, de mordaça, onde somente os poderosos políticos ditavam as regras que lhes eram convenientes e impunham suas vontades goela abaixo fazendo o Brasil caminhar sob armas empunhadas e ameaçadoras?

Há quem se apegue, para justificar, à modernização, geração de empregos, queda da inflação, sem querer enxergar onde foram concentradas, de fato, as riquezas do país. Para poucos, nas mãos dos mesmos.

O Brasil acelerava, em parte, mas ia deixando acumulada uma herança de dívidas camuflada num milagre econômico , ou de igualdade social mentirosa.

Tempo de redações invadidas, jornalistas condenados, sem direito à defesa , censura na tevê, artistas usando pseudônimos para passar mensagens em suas letras, muita gente exilada com medo de morrer, no mínimo ser torturada.

E há quem diga: “ queremos a ditadura”?

Lógico que a tão sonhada democracia ainda polemiza , provoca reações impulsivas. Ainda há muita desigualdade social, mas temos liberdade de expressão (embora alguns teimem em desconhece-la), de escolher os representantes mesmo que, às vezes, erroneamente.

Vivemos noutra realidade. Onde a condenação não é feita aleatoriamente , simplesmente porque alguém que detém o poder quer uma pessoa, da qual suspeita, punida Vivemos um tempo onde poderosos políticos são investigados, presos, condenados como qualquer outro cidadão. E pela Justiça.

Vivemos um tempo onde a sociedade civil e a polícia se encontram nas ruas e conversam. Onde o estudante e o trabalhador protestam por seus direitos. E podem.
Então, a quem interessa a dita...cuja, a dita..dura?

No Brasil 245 agentes da Segurança morrem de Janeiro até maio; Alagoas registra um caso



A Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) divulgou uma lista com os números de policiais e demais agentes da Segurança mortos em serviço, ou em sua decorrência, de janeiro até maio deste ano, por estado. Apesar dos registros fortes pelo Brasil, totalizando 245 mortes, em Alagoas há um caso , e não por homicídio (graças a Deus). Isso deixa o estado na 26ª colocação em relação às mortes.

No topo dessa afronta às forças policiais, principalmente causada pela guerra acirrada contra o tráfico de drogas, o Rio de Janeiro está no topo com 83 registros.

Dos estados Nordeste , na lista nacional, a Bahia fica em segundo lugar com 25 mortes; o Ceará em terceiro com 18; Pernambuco em sétimo com 10; Rio Grande do Norte em nono com oito casos. Seguindo a lista, o estado do Pará contabilizou 17 mortes e está na quarta posição, seguido de São Paulo com 16 .

Em Minas Gerais , apontam os dados da OPB, ao todo morreram 12 agentes da Segurança e, no Distrito Federal, foram nove. Em Goiás foram registradas oito mortes. Os números declinam a partir do Rio Grande do Norte e do Paraná, na 10ª e 11ª colocações, com seis mortos; já os estados do Rio Grande do Sul e do Tocantins, estão nos 11• e 12• lugares, respectivamente, com cinco.

No Mato Grosso do Sul foram quatro mortes e, nos estados do Espírito Santo, do Piauí e Roraima foram três. Na Paraíba, no Mato Grosso, em Santa Catarina e no Amazonas foram dois.

Na tabela, por instituição, a Polícia Militar tem mais mortos. Em todo o Brasil, a corporação perdeu 174 integrantes. A Polícia Civil vem em segundo lugar com 27 mortes, a Guarda Municipal com 18, fica em terceiro; os números do Sistema Prisional contam 15 agentes mortos; no Corpo de Bombeiros foram seis; na Polícia Federal há três registros e na Polícia Rodoviária Federal são dois.

O texto em questão não é para se vangloriar, tendo como base o número referente a Alagoas, até porque não cabe satisfação diante de um número alarmante e, numa situação tão delicada, como a exposta, não há espaço para isso. Mas são informações vez ou outra solicitadas e que merecem ser disseminadas para conhecimento, apenas, da sociedade como um todo.

A torcida é para que homens e mulheres que saem de suas casas, em Alagoas e no Brasil, com o intuito de salvaguardar a vida de terceiros, arriscando as suas, deixando para trás os pais, esposos e esposas, filhos e filhas, consigam retornar ilesos.

Evidentemente, alguns casos apontados no relatório da OPB são de mortes onde os agentes não foram alvos diretamente do crime organizado; mas indiretamente sim.

A partir do momento em que uma viatura se desloca para uma ocorrência, em caráter de urgência, seja para evitar tragédias ou para prender criminosos, e um policial morre acidentalmente, a criminalidade de uma forma ou de outra contribuiu para a fatalidade.

Foi o que aconteceu com o policial do 4• Batalhão da Polícia Militar de Alagoas, vítima de capotamento, junto com a guarnição, no bairro Santa Amélia, quando estavam em perseguição.

Tiago Moraes Freitas, tinha 30 anos, foi submetido a intervenção cirúrgica, ficou hospitalizado de 25 de Janeiro até 7 de fevereiro, quando noticiaram sua morte Na corporação, o soldado era tido como de conduta exemplar.

Foto: Alagoas 24 Horas/ capotamento que vitimou o soldado Tiago.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

A ousadia da improbidade face ao mau caratismo do "poder"

Há poucos dias integrando a equipe de Comunicação do Ministério Publico Estadual (MPE/AL) tenho acompanhado de perto a luta incansável dos promotores de Justiça para fazer valer o direito do cidadão. Mesmo que, ainda com um cinismo estupendo, existam pessoas se munindo de um certo poder, tentando tirar o fôlego da Constituição Brasileira, como se fosse possível.

Na verdade, os velocistas da corrupção e da tirania criaram uma ideia paupérrima - talvez até sejam portadores de uma síndrome queniana- de que jamais seriam alcançados. Equívoco profundamente lamentável.

Já tive o prazer de escrever sobre algumas ações e a cada parágrafo lido, com detalhes indiscutíveis, apontando a falta de respeito com os menos favorecidos, a falta de caráter e, principalmente, a ousadia desenfreada que chega a provocar medidas drásticas e punições severas só me resta aplaudir e assumir o deslumbre.

Dá gosto ler as justificativas de promotores e promotoras de Justiça brigando para fazer prevalecer a seriedade em Alagoas, sejam quais forem as causas e as vítimas.

Desvios de recursos públicos (parecem recordistas), ações relativas ao trato com a saúde e a educação, casos envolvendo incapazes,(crianças e adolescentes e idosos), os direitos do consumidor, a família, no âmbito Criminal entre tantos outros, na capital e no interior, regam a ideia de que realmente o povo tem protetores vigilantes, exímios conhecedores da lei, e que buscam alternativas para a construção de uma sociedade mais respeitada podendo viver dignamente sem que lhes furtem os direitos.

Hipócritas travestidos de autoridades, mercenários que se identificam como empresários, pessoas extremamente maléficas e sem a menor sensibilidade. Eles são muitos. São dezenas. São milhares. Nalguns dos instantes reflexivos, ponho- me a questionar como são as noites desses seres que fazem questão de se tornarem desprezíveis. Mesmo que possuam um ego massageado pela ilusão da impunidade e insistam nas suas “façanhas “.

Noites de apogeu, dias de majestade, mas que podem num piscar de olhos se assemelharem à história da Cinderela: a carruagem ser transformada em abóbora. Ah! E com ferrinhos para decorar.

Eis a melhor parte.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

NÃO É SONHO, EU VI PARA CRER. ALAGOAS NÃO É O ESTADO MAIS VIOLENTO DO BRASIL

Há muito tempo apostava que um dia poderia me deparar com uma realidade modificada e que Alagoas, o estado que adotaram pra minha vida, não seria o mais violento do Brasil. Porém, entre tanta falta de compromisso detectada em meio às minhas esperanças, confesso ter desacreditado na possibilidade nalguns momentos. Parecia que a dura realidade registrada pelas famílias alagoanas pouco importava aos gestores e que se brincava de fazer Governo e Segurança Pública.

O meu sonho não era só meu. Doía olhar reportagens nacionais, aquelas que o povo do Sudeste fazia questão de procurar brechas para desenvolver e, literalmente, nos descer a lenha expondo as cenas mais sensacionalistas para causar uma comoção nacional e ferir ainda mais a nossa imagem. Torcedora constante num processo que até o ano passado era muito complicado, visto o descaso que sempre acompanhei , posso afirmar que a alegria me toma nesta sexta-feira, 28 de outubro de 2016.
Aos críticos e hipócritas que surdinamente fazem figa e torcem para que o contrário aconteça, a porrada foi grande na cara. Vejo o empenho de cada policial que desce e sobe grota todos os dias , que mete a cara para enfrentar a criminalidade e que se arrisca para defender a população alagoana. Há polícia em terra, polícia no ar, há compromisso. Há uma grande diferença, a vontade de fazer. E o bom de tudo é que eu que sempre acompanhei à distância e cobrava todos os dias um resultado satisfatório, faço parte mesmo que indiretamente do novo processo, do processo da mudança.

O mérito é de cada homem e mulher, das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros, da Perícia Oficial. Da união seja nas investigações ou na operacionalidade, na execução. E se estende aos parceiros que diariamente participam do projeto por um novo tempo em Alagoas e que estão sempre apoiando. Os amigos do Gecoc, da PRF, interagindo em planos que têm dado certo.
Demos os primeiros passos, fomos o estado que MAIS REDUZIU A VIOLÊNCIA NO BRASIL? Não é sonho? NÃO, NÃO É. ISSO È A MAIS PURA REALIDADE.
E poderia ser bem melhor se São Paulo, por exemplo, que se mantém como “o mais tranquilo” da federação, contabilizasse suas mortes violentas, uma a uma, como nós. E não oito mortes em uma chacina como UM evento.
Ah, meu filho, você que vem de lá para cá desdenhar porque seu estado aparece assim, diz para o teu povo que sabemos muito bem que a contagem lá é diferente. Se assim não fosse , nós que já saímos da primeira colocação, estaríamos quase como lanternas.

Que DEUS abençoe a todos e que muito em breve possa mos comemorar muito mais.

domingo, 28 de agosto de 2016

LOBOS COM PELE DE CORDEIRO

Em tempo de modernidade onde se acredita em avanços algumas coisas intrigantes prevalecem e nos levam a conclusões desmotivadoras. Há farsantes diagnosticando realidades e deturpando processos que transformam direitos em injustiças, exclusivamente para favorecimento próprio ou de quem melhor lhes servir . Mesmo que os critérios adotados para merecimento dos benefícios sejam repugnantes e fujam de tudo o que se pode conceber como bom caráter.

Deparamo-nos com sistemas podres onde, cinicamente, algumas pessoas ignoram legislações e, prazerosamente, prejudicam terceiras sem externar o menor remorso. Porque é a forma de sentirem grandes, poderosas e invencíveis. Vivemos uma realidade de hipocrisia onde regras são impostas erroneamente por quem se intitula soberano e também são seguidas por quem se submete a determinadas circunstâncias que enojam, causam vômito, fedem, para chegar ao topo.


A percepção é de que não vale a pena ser honesto e competente porque o sistema prioriza babões e babacas que mesmo ridicularizados se acham importantes. Dignidade zero é o lema ´para que se atinja propósitos. É notório que espaços para quem trabalha honestamente são reduzidos, portas se abrem para quem segura mala, serve cafezinho e lustra sapatos dos chefes. Com raríssimas exceções.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Alfredo Gaspar deve assumir presidência do Conseg

O promotor Alfredo Gaspar de Mendonça Neto deve assumir, ainda nesta semana, a presidência do Conselho de Segurança (Conseg) em substituição a Antonio Carlos Gouveia, diretor- presidente do Departamento de Transito.
Gouveia assume o posto, interinamente, em lugar do titular juiz Maurício Breda que atua no Tribunal de Justiça como desembargador substituto. Desde a saída da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), o promotor Alfredo Gaspar retornou a 8a Vara Criminal da Capital e vem atuando em vários júris.
Gaspar também tem ministrado palestras sobre segurança fora de Alagoas, a convite.

A expectativa é para o anúncio, talvez, já na próxima reunião dos conselheiros.

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